Na liturgia deste domingo Nosso Senhor Jesus Cristo nos chama a combater
um bom combate e a guardar a fé, mesmo em meio as nossas fraquezas Ele nos quer
a frente da batalha para manter viva as palavras do Santo Evangelho, a nós
resta reconhecer as nossas culpas e colocando diante do Senhor, confiar em sua infinita
misericórdia, Ele nos ama, nos perdoa e nos coloca no caminho da missão.
Primeira Leitura: Eclesiástico 35,15-17.20-22
Leitura do livro do Eclesiástico: 15O
Senhor é um juiz que não faz discriminação de pessoas. 16Ele não é
parcial em prejuízo do pobre, mas escuta, sim, as súplicas dos oprimidos; 17jamais
despreza a súplica do órfão, nem da viúva, quando desabafa suas mágoas. 20Quem
serve a Deus como ele o quer será bem acolhido, e suas súplicas subirão até as
nuvens. 21A prece do humilde atravessa as nuvens: enquanto não
chegar, não terá repouso; e não descansará até que o Altíssimo intervenha, 22faça
justiça aos justos e execute o julgamento. – Palavra do Senhor. – Graças a
Deus.
O livro do Eclesiástico nos traz a justiça do Senhor, Ele escuta súplicas
do seu povo e se compadece de sua dor e das suas angustia, aqueles que servem
ao Senhor verdadeiramente sabem que suas preces transpassarão as nuvens e irão
de encontro a Deus que em sua infinita bondade fará a justiça no tempo oportuno.
Neste mundo onde somos perseguidos por querer seguir verdadeiramente ao Senhor
nos resta a certeza de que Deus não permitirá que a injustiça prevaleça sobre
os justos, a nós resta agora orar e nos manter firmes no caminho do Senhor porque
está próximo o momento em que Altíssimo intervirá neste mundo.
O Salmo 33(34) é uma oração que expressa a confiança na
justiça de Deus, Ele escuta o clamor do pobre e este tem a certeza que o Senhor
virá em socorro restabelecendo a sua dignidade e liberdade.
O pobre clama a Deus e ele escuta: o
Senhor liberta a vida dos seus servos.
Bendirei o Senhor Deus em todo o
tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor;
que ouçam os humildes e se alegrem.
Mas ele volta a sua face contra os
maus, para da terra apagar sua lembrança. Clamam os justos, e o Senhor bondoso
escuta e de todas as angústias os liberta.
Do coração atribulado ele está perto
e conforta os de espírito abatido. Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos,
e castigado não será quem nele espera.
Segunda Leitura: 2 Timóteo 4, 6-8.16-18
Leitura da segunda carta de são Paulo
a Timóteo: Caríssimo, 6quanto a mim, eu já estou para ser oferecido
em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. 7Combati o
bom combate, completei a corrida, guardei a fé. 8Agora está
reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará
naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a
sua manifestação gloriosa. 16Na minha primeira defesa, ninguém me
assistiu; todos me abandonaram. Oxalá que não lhes seja levado em conta. 17Mas
o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse
anunciada por mim integralmente e ouvida por todas as nações; e eu fui
libertado da boca do leão. 18O Senhor me libertará de todo mal e me
salvará para o seu reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos!
Amém. – Palavra do Senhor. – Graças a Deus.
Falando a Timóteo o apóstolo São Paulo faz um balanço da missão, sabe
que se aproxima o momento da sua partida e tem a certeza que foi inteiramente fiel
a sua missão, confiando no Senhor que é justo juiz aguarda o momento de receber
a coroa da vitória. Ele nos deixa o seu testemunho de que combateu um bom combate
e sobre todas adversidades ele guardou a fé, nós também somos chamados para
esta frente de batalha, nela seremos perseguidos, caluniados e muitas vezes
humilhados, mas como São Paulo devemos ter a certeza do que nos espera ao final
desta jornada, Nosso Senhor Jesus Cristo não nos abandona nesta missão e ao chegar
em seu reino também receberemos a coroa da sua justiça.
Evangelho: Lucas 18,9-14
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo
segundo Lucas: Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que
confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois
homens subiram ao templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de
impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus,
eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos,
adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes
por semana e dou o dízimo de toda a minha renda’. 13O cobrador de
impostos, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o
céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou
pecador!’ 14Eu vos digo, este último voltou para casa justificado, o
outro não. Pois quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”. –
Palavra da salvação. – Gloria a Vós Senhor.
Ensinando por meio de parábola Nosso Senhor Jesus Cristo nos traz a história
do fariseu e do cobrador de imposto que ao mesmo tempo subiam ao templo para
rezar, o primeiro nem se atrevia a levantar o rosto e no seu interior pedia por
misericórdia porque sabia que era pecador, já o fariseu de cabeça erguida
agradecia a Deus por não ser como os outros que praticavam todos os tipos de
pecados, olhando para o lado via com desprezo o cobrador de impostos, continuava
falando que seguia todos os preceitos da lei. Jesus Cristo afirma que a oração
do cobrador de impostos encontrou graças diante do Senhor e do fariseu não,
Nosso senhor completa dizendo que quem se eleva será humilhado e que se humilha
será exaltado, que isso possa servir de lição para todos nós.
Em nossa caminhada de fé corremos o risco de agir como aquele fariseu
que olhando para iniquidade do mundo se achava superior a tudo e que só por
isso iria encontrar graças diante do Senhor, a oração do cobrador de imposto é
como um ato penitencial na Santa Missa onde nos reconhecemos que somos
miseráveis por causa do pecado e que em Nosso Senhor encontramos a misericórdia
e nEle somos fortalecidos para vencer as investido de satanás que a todo custo
tenta nos levar para o caminho da perdição.
Hoje a Igreja do Senhor sofre imensas perseguições e de todos os lados
somos atacados, tentam a todo custo fazer com que o filhos de Deus se percam em
meio de tantas falsas doutrinas, tantos falsos pastores e muitas ideologias, como
São Paulo nós devemos nos manter firmes, combater um bom combate e sobre
qualquer circunstancia guarda fé, a verdadeira fé, aquela transmitida aos
apóstolos e que chegou até nós pela tradição católica e pelo magistério da Santa
Igreja. Hoje Nosso Senhor nos chama a missão de manter de pé a sua verdadeira
Igreja e nós como responderemos a este chamado?
Rubens Corrêa |