Quando falamos de
pastor, pensamos especialmente na sua função de guia; por isso, o quarto
domingo da Páscoa passou a ser também o dia em que rezamos por aqueles que na
Igreja são chamados de “pastores”. Não podemos, porém, esquecer que o “Pastor”
é um só: Jesus; todos os demais são seus “cordeiros”.
O Evangelho deste
domingo ensina-nos que Ele faz ouvir a sua voz e os que pertencem ao seu
rebanho sabem reconhecê-la imediatamente. Ele é também a porta. Quem quiser
entrar em contato com as ovelhas, deve passar através d’Ele, isto é, deve
modelar a própria disposição, as próprias ações, os próprios sentimentos, pelos
Seus.
A primeira e a
segunda leitura estão interligadas com este tema porque mostram qual foi o
comportamento de Jesus, Pastor que todos os batizados devem seguir e imitar.
I Leitura: Atos
2,14.36-41 - conversão e vida nova
O discurso de
Pedro, que começou no domingo passado, continua na leitura de hoje.
A pregação de Pedro
provoca o arrependimento (metanóia) no coração dos ouvintes: convertem-se e
aderem ao círculo dos discípulos.
Três etapas marcam
o caminho da salvação: a conversão da antiga maneira de viver e dos erros
cometidos, o Batismo, e a alegria de receber o dom do Espírito (v.38).
Quem quiser
construir um mundo novo, em que reine a justiça, a paz, o amor, deve recorrer
somente aos meios propostos por Cristo. Por nenhum motivo o cristão deve ceder
à tentação de recorrer aos métodos que Ele expressamente rejeitou. A violência,
por vezes, parece dar algum resultado imediato, a longo prazo, não só não
resolve os problemas, como acaba sempre por originar outros novos.
Evangelho: João
10,1-10 – parábola da porta do rebanho e dos pastores
Jesus é a porta
(vv.7-10), Jesus é o pastor (vv.11-18). Hoje vemos como Jesus se apresenta
sendo a porta do redil. Só o caminho que passa por Ele é válido. Jesus é o
caminho que conduz ao Pai, Verdade sobre o Pai e Vida com o Pai (Jo 14,6-9).
Luis Filipe Dias |
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