domingo, 28 de abril de 2019

“E não sejas incrédulo, mas fiel” Jo 20, 27c (28/04/2019)

Neste domingo continuamos as celebrações da páscoa de Nosso Senhor, onde vemos a profissão de fé de São Tomé, quem antes duvidava agora acreditava, vemos que Ele enviando o Espírito Santo, realiza grandes sinais por meio dos apóstolo e isso faz com que as primeiras comunidades cresçam cada vez mais, mas é preciso sempre anunciar a mensagem de Jesus Cristo, foi assim que São João recebeu novamente o chamado do Senhor, agora era preciso vencer as barreiras do exílio para anunciar o que foi, o que é e o que será.

Primeira Leitura: Atos 5,12-16
Leitura dos Atos dos Apóstolos: 12Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no pórtico de Salomão. 13Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito. 14Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. 15Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles. 16A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados. – Palavra do Senhor. – Graças a Deus.

A primeira leitura nos traz um relato de como crescia a adesão das pessoas a fé em Jesus Cristo, todos que ouviam os apóstolos ficavam maravilhados com a mensagem de salvação que eles anunciavam, nas primeiras comunidades podia se notar fortemente a presença do Espirito Santo, pois por meio dos apóstolos eram realizados grandes sinais e muitos ficavam curados com a imposição das mãos, tamanha era fé daquele povo que até mesmo acreditava-se que colocando os doentes pelo caminho ficariam curados somente com a sobra de Pedro. Que também nós possamos ter fé na ação do Espirito Santo em nossas vidas, mesmo que o mundo nos impulsione para a incredulidade, somos as testemunhas do Cristo ressuscitado.

Salmo 117(118)
Dai graças ao Senhor porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”
A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Aarão agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!” Os que temem o Senhor agora o digam: “Eterna é a sua misericórdia!”
“A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: que maravilhas ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!
Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” Bendito seja, em nome do Senhor, aquele que em seus átrios vai entrando! Desta casa do Senhor vos bendizemos. Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!

No Salmo elevamos a Senhor o nosso louvor, reconhecemos que sua misericórdia não tem fim, por Ele é que são feitas todas as maravilhas em nossas vidas, é Ele que nos dá a verdadeira Salvação.

Segunda Leitura: Apocalipse 1,9-13.17-19
Leitura do livro do Apocalipse de são João: 9Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no reino e na perseverança em Jesus, fui levado à ilha de Patmos por causa da Palavra de Deus e do testemunho que eu dava de Jesus. 10No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, 11a qual dizia: “O que vais ver, escreve-o num livro”. 12Então, voltei-me para ver quem estava falando; e, ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro. 13No meio dos candelabros havia alguém semelhante a um “filho de homem”, vestido com uma túnica comprida e com uma faixa de ouro em volta do peito. 17Ao vê-lo, caí como morto a seus pés, mas ele colocou sobre mim sua mão direita e disse: “Não tenhas medo. Eu sou o primeiro e o último, 18aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos. 19Escreve, pois, o que viste, aquilo que está acontecendo e que vai acontecer depois”. – Palavra do Senhor. – Graças a Deus.

O livro do Apocalipse nos mostra o novo chamado de Nosso Senhor ao seu discípulo São João no exílio na ilha de Patmos, disse o Senhor: “Não tenhas medo. Eu sou o primeiro e o último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos. Escreve, pois, o que viste, aquilo que está acontecendo e que vai acontecer depois”, mesmo de longe no exílio era preciso continuar o anuncio, era preciso testemunhar que Jesus Cristo venceu a morte e ela não tem nenhum poder sobre Ele e sobre aqueles creem na sua ressurreição, pois Ele tem a chave que nos liberta da morte. Perseguido e exilado São João não calou e nós iremos desistir diante de obstáculos tão pequenos? É preciso continuar os passos de Nosso Senhor.

Evangelho: João 20,19-31
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João: 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” 30Jesus realizou muitos outros sinais, diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. – Palavra da salvação. – Glória a Vós Senhor.

No evangelho vemos que Nosso Senhor Jesus Cristo se faz presente diante dos apóstolos que estavam reunidos as portas fechadas amedrontados com tudo que viram o Senhor sofre nas mãos das autoridades, colocando-se no meio deles Nosso Senhor não prega vingança, mas apresenta o oposto disso “A paz esteja convosco”, mesmo sofrendo tamanha crueldade Jesus Cristo nos pede para cultuar a paz, este deve ser um grande exemplo para nós que muitas vezes sofremos nada comparável aos sofrimentos de Nosso Senhor na via dolorosa e no calvário, e nutrimos em nossos corações a fome de vingança, Jesus Cristo é o príncipe da paz e nós que somos seguidores e continuadores também devemos promover esta verdadeira paz que vem do Senhor.

Mas quando Nosso Senhor os visitou faltava um de seus discípulos que não estava reunidos com os demais, este era Tomé que sabendo pelos outros que o Senhor os visitara não acreditou, “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Quanto para nós é difícil para nós acreditar nas manifestações de Deus? Todos nós temos um pouco de Tomé, andamos vagando por aí, deixamos de estar reunidos em comunidade, perdemos as graças que Nosso Senhor concede a quem está presente e duvidamos das experiencias que outros nos testemunham. De fato, este mundo está cheio de pessoas pensam como Tomé antes de ver o Senhor.

Nosso Senhor Jesus Cristo é tão misericordioso que novamente se coloca diante dos apóstolos, reitera sua mensagem de paz e dirige-se a Tomé dizendo “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”, Tomé vendo o Senhor faz sua profissão de Fé “Meu Senhor e meu Deus!”, neste momento não era preciso tocar, ele sabia que era o Senhor, também nós devemos acreditar que o Nosso Senhor Jesus Cristo vive e vivendo Ele nos concede a vida plena, somos felizes por acreditar sem ter visto, disse o Senhor.

Que neste domingo possamos fortalecer a nossa fé nos Cristo ressuscitado, Ele a cada dia realiza grandes sinais em nossas vidas por meio pessoas que viveram uma experiencia com Ele, é preciso afastar de nós o espirito da incredulidade, não precisamos tocar em suas chagas para ter certeza de quanto Nosso Senhor sofreu pro nós, que Ele venceu a morte e nos quer dar a vida. Assim como São João devemos transpor todos os obstáculos de nossa vida e anunciar esta verdadeira paz que vem de Nosso Senhor Jesus Cristo, Ele que vive e reina para sempre.
Que Nossa Senhora, Mãe e Rainha dos Apóstolos conduza os nossos passos nesta missão.
Rubens Corrêa

domingo, 21 de abril de 2019

A Vida venceu a morte, Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia! (21/04/2019)


Hoje nossa igreja está em festa aquele que foi pregado numa cruz, foi sepultado, agora vive! E com ele a certeza da vitória sobre a morte. 
Na liturgia deste domingo de Páscoa somos chamados a renascer com cristo para uma vida nova. Assim como uma semente que é plantada em um jardim precisa morrer para germinar (ganhar nova vida), Jesus Cristo precisou sofrer e morrer para renascer com grande esplendor e glória livrando-nos do pecado que causa dor, sofrimento e nos afasta de Deus.

Primeira Leitura: Atos 10,34.37-43
Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 34Pedro tomou a palavra e disse: 37“Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo pregado por João: 38como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele. 39E nós somos testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o mataram, pregando-o numa cruz. 40Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia, concedendo-lhe manifestar-se 41não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. 42E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu juiz dos vivos e dos mortos. 43Todos os profetas dão testemunho dele: ‘Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados’”. – Palavra do Senhor. – Graças a Deus.

Na leitura dos Atos dos Apóstolos São Pedro afirma como testemunha ocular da vida pública de Jesus, seus milagres e ressureição, que Ele não veio a Terra para salvar um pequeno grupo, pelo contrário por onde passou realizou curas físicas e principalmente espirituais, quantos se converteram pediram o batismo e lavados dos pecados buscaram uma nova vida em Cristo. Assim somos chamados a crer naquele que vive que quer e tem o poder de nos purificar nossas vidas das faltas cometidas, desde que creiamos verdadeiramente em seu Amor.

Salmo 117(118)
Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos!
Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!” A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia!”
A mão direita do Senhor fez maravilhas, a mão direita do Senhor me levantou. Não morrerei, mas, ao contrário, viverei para cantar as grandes obras do Senhor!
A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: que maravilhas ele fez a nossos olhos!

Este é o dia que o Senhor fez para nós alegremos e nele exultemos, essas palavras expressão o que o dia de hoje significa para todos nós católicos. Dia da confirmação das palavras de Jesus destruirei este templo e o reconstruirei em três. Apesar de ter sido rejeitado por tantos Jesus em sua Eterna Misericórdia reconstrói um novo templo em que as portas do Céu estão abertas para todos que buscam morrer para pecado e ressuscitar com Ele para uma vida Santa.

Segunda Leitura: Colossenses 3,1-4
Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses: Irmãos, 1se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, 2onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória. – Palavra do Senhor. – Graças a Deus.

Na leitura de São Paulo aos Colossense somos chamados a viver o nosso batismo dia a dia, nascidos para uma nova vida por Ele, devemos buscar as coisas do alto. O que seria então as coisas do alto? No momento de nosso batismo morremos para a vida que levávamos, pois ele nos lava por inteiro, assim deixamos para traz o pecado fruto de vida terrestre e nascemos na graça santificante que nos permite uma verdadeira intimidade com Deus. Somos chamados, portanto a conservar em nós essa graça através da vida de piedade, obediência e temor a Deus. Praticar a verdade do Evangelho e anunciá-lo a toda criatura não somente por palavras, mas principalmente por ações, pois nossa vida está depositada em Cristo.  

Evangelho: João 20,1-9
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João: 1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. – Palavra da salvação. — Glória a vós, Senhor.

Na liturgia de hoje celebramos a Páscoa, como já meditamos na quita feira Santa a passagem do Senhor. No evangelho narrado por São João, Jesus passa da morte para a nova vida, ou seja, ressuscitou, sendo no primeiro dia da semana “domingo”, este se torna então o dia do Senhor.

As mulheres são as primeiras a verificar a ressurreição, viram o túmulo aberto e correram para avisar os demais. São elas as primeiras, pois diferentes dos discípulos, queriam estar sempre com Jesus. Estiveram junto a Ele durante toda sua via dolorosa até os pés da cruz e agora queriam estar junto a Ele também no túmulo. Somos convidados a sermos como essas mulheres buscar estar sempre na presença de Nosso Senhor Jesus Cristo amando-o acima de tudo.

Maria Madalena correu para avisar os outros.  Pedro e discípulo mais Amado correram para confirmar o que a mesma havia lhes falado. A palavra correr aparece muito neste relato, pois era urgente verificar o que havia acontecido com Jesus. Hoje, porém esta palavra cabe muito bem, pois é cada vez mais urgente a necessidade de anunciar e levar Jesus a todos os cantos da Terra. Tempo em que a sociedade tanto se afasta de Jesus e de seus ensinamentos, que vivem em meio à noite escura, as “trevas”. Nossa missão é se deixar iluminar pelo Cristo ressuscitado, que generosamente brilha para todos sem distinção. Viver na terra, mas com os olhos voltados para o alto, e através de nosso testemunho iluminar a vida daqueles e daquelas que ainda não tiveram a experiência de fé com o ressuscitado.

É possível nesta reflexão ir além, pois diante de tantas Marias citadas não encontramos Nossa Senhora. Não foi ao túmulo, pois sabia e acreditava na ressurreição. Não se abateu, mas guardou a fé. Que a exemplo da Virgem Santíssima possamos mediante aos períodos de escuridão que venhamos a passar, possamos guardar a fé e confiar que se formos fieis ao Nosso Amado Mestre, Senhor e Salvador sua Luz nunca deixará de brilhar para nós.
Nossa Senhora da Confiança, rogai por nós!

Rosiani Corrêa Meirelles

sábado, 20 de abril de 2019

Vigília Pascal: O túmulo está vazio, a Luz venceu as trevas. (20/04/2019)

Será que toda esperança se acabou? O Senhor foi traído, perseguido, flagelado, humilhado, negado, julgado, despojado, morto e sepultado. E os nossos sonhos de ver acontecer o Reino de Deus anunciado por Nosso Senhor Jesus Cristo? Tudo está consumado em seu suspiro final, nossos sonhos foram sepultados com Jesus Cristo. Neste sábado Santo celebramos a Vigília Pascal, uma noite memorável em que Nosso Senhor ressurge glorioso vencendo a morte e mudando radicalmente o rumo da história, celebremos, pois, esta festa fazendo ressurgir em nós um homem novo, uma mulher nova, juntamente com Jesus Cristo fazendo rolar a pedra que nos impede de sermos filhos autênticos de Deus.

Na primeira leitura (Gn 1,1– 2,2.), vemos que Deus em seu gesto de amor incondicional cria tudo o que existe e também cria o homem para cuidar de tudo que ele criou. Notamos que hoje a criação maravilhosa de Deus está sendo cruelmente destruída, poluem o ar, os rios e mares, derrubam e queimam as florestas, destruindo o habitat dos aninais causando a extinção de muitas espécies, mas, o mais terrível que podemos ver é a destruição da própria espécie, vemos muitos morrendo pela violência, pelas drogas, pela negligência nos hospitais, pelas guerras absurdas e pela fome que assola muitos lugares, vemos que o homem está na contramão da história, destruindo tudo aquilo que Deus criou, precisamos mudar esta história.

Na segunda leitura (Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18.), Deus confirma a aliança com Abraão e sua descendência, Abraão não mede esforços em agradar a Deus, ele oferece o próprio filho em holocausto, mas, anjo enviado por Deus impede que ele derrame o sangue do seu filho. Olhando para o exemplo de Abraão podemos questionar: Como está a nossa adesão ao projeto de Deus? Nesta correria do dia-a-dia temos tantas prioridades que dificilmente encontramos tempo para as coisas de Deus, somente recorremos a Ele nos momentos de dificuldades, e quando as coisas dão errado, a Ele atribuímos à culpa das nossas quedas e dores. Abraão confiou inteiramente no amor de Deus, oferecendo o que havia de mais precioso em sua vida, e nós também devemos confiar plenamente em Deus, Ele não mede esforços em nos abençoar com o seu amor que não tem fim, a devemos nos entregar por inteiro a este amor de Pai.

Na terceira leitura (Êx 14,15 – 15,1.), ao libertar o povo da opressão do faraó Deus confirma a aliança firmada com Abraão, Ele mostra novamente que se mantem fiel as suas promessas, com o seu amor incondicional vence todo o poder e soldados do faraó, fazendo-os sufocar pela própria iniquidade. Moisés soube confiar em Deus, e mesmo em meio a tantas dificuldades, conduziu o povo caminhando a pé enxuto no meio do mar aberto para uma nova vida, muitas vezes somos oprimidos pelos nossos pecados e isolados paralisamos sem encontrar a saída, como Moisés, precisamos confiar em Deus e juntos em comunidade construir uma nova história livre da opressão e do pecado, assumindo a condição de filhos amados de Deus.

Na quarta leitura (Rm 6,3-11.), vemos que mesmo em sua condição divina, Nosso Senhor Jesus Cristo experimenta a sua condição humana, sentiu alegria, angustia, medo e dor, injustamente foi perseguido, preso, julgado e morto, não tendo pecado, Ele tomou sobre si as nossas culpas fazendo morrer junto com Ele o homem velho manchado pelo pecado, e junto com Ele fazendo ressurgir um homem novo livre do poder da morte, do medo e do pecado. Com a ressurreição de Jesus Cristo, todos nós que ressurgimos com ele para uma vida nova, temos a missão de fazer com que todo o mundo conheça este amor sem limites, que para nos libertar do pecado entregou a si mesmo em holocausto. Somos as testemunhas deste amor.

No evangelho segundo Lucas (Lc 24, 1-12.), meditamos sobre o acontecimento mais fantástico da história, o anuncio da ressurreição de Jesus feito às mulheres que foram ao tumulo para perfumar o corpo do falecido, conforme o costume judeu, o túmulo está vazio, a morte foi vencida, Jesus ressuscitou, e junto com Ele ressuscitamos para uma vida nova, e estas mulheres foram as primeiras testemunhas da ressurreição de Cristo, e era necessário espalhar esta grande notícia, por isso elas foram enviadas aos apóstolos para dizer que o “Senhor ressuscitou”, inicialmente eles não acreditaram e acharam que elas estavam tendo alguma alucinação, Pedro correu ao túmulo e vendo apenas os lençóis, voltou admirado com o acontecido.

Meio a tantas situações de mortes (violências, fomes, drogas, guerras, injustiças e corrupção), é difícil acreditar que a vida possa prevalecer, mas, o Cristo ressuscitado nos faz crer que é possível mudar esta triste realidade, Jesus é luz que resplandece sobre o mundo, e nós somos testemunhas desta luz que brilha sobre as trevas da nossa sociedade, para libertar o povo da opressão e do pecado, em vários momentos da história Deus age por meio de homens e mulheres que se comprometem com seu projeto, hoje somos nós que devemos ser instrumentos nas mãos de Deus para levar à vida, o amor, a fé, a paz e a esperança a todos os seus filhos, independentemente da sua condição social, política e religiosa, não há limite para o amor de Deus.

Que a partir desta Vigília Pascal possamos ser mensageiros do Cristo ressuscitado com as nossas palavras, gestos e ações, comunicar com todo o nosso ser a mensagem de vida nova e plena que ressurge do túmulo com Jesus repleto da glória de Deus, devemos começar pela nossa família, depois pela nossa comunidade, seguindo para a sociedade e por fim no mundo todo, não há limites para este anuncio, que a nossa voz possa ecoar em todos os cantos da terra “Jesus vive, Cristo ressuscitou, aleluia, aleluia”.
Que Nossa Senhora das Alegrias oriente os nossos passos nesta missão.
Rubens Correa

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Paixão de Nosso Senhor: "Prova de amor maior não há" (19/04/2019)


Neste dia celebramos a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, um momento oportuno para reavaliar as nossas atitudes de cristãos, esta solenidade nos faz olhar com os olhos da fé para aquilo que Nosso Senhor Jesus Cristo fez, Ele se entregou sem ressalvas para resgatar todos os pecadores, sendo o cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo.

Na primeira leitura (Is 52,13-53,12.) Isaías profetiza com séculos de antecedência o caminho doloroso que Cristo passaria para ser glorificado, o profeta nos relata que muitos olhariam pensando que fosse um desprezado e que tão pouco a sua aparência poderia nos atrair, o fato que Ele carregou sobre os seus ombros o peso de nossos pecados, com o seu sangue redimiu o mundo inteiro, não tendo crime algum e nada de falso foi encontrado em suas palavras, foi castigado como um malfeitor e condenado a morte, mas “Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos”.

Meditando o salmo 30 ouvimos as palavras proferidas por Jesus Cristo na cruz “ Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”, mesmo flagelado, humilhado e ridicularizado, Cristo coloca a sua confiança no Senhor sabendo que Deus não o deixaria entregue a eterna humilhação e pede que pela compaixão Ele seja fortalecido e encorajado para passar por este doloroso e necessário calvário.

Na leitura da carta aos Hebreus (Hb 4,14-16; 5,7-9.) vemos que Jesus Cristo é o sumo sacerdote que entrou no céu e devemos manter firmes na fé, Ele é que se compadece de nossas fraquezas, pois também experimentou esta vida com as suas lutas e dores, mas diferente de nós, Ele não se deixou corromper pelo pecado, Jesus enquanto estava na condição humana sofreu muito e angustiado dirigiu as suas súplica aquele que era capaz de livra-lo da morte e Deus o libertou pela sua entrega e obediência, a Ele devemos recorrer, suplicar pela sua misericórdia e assim um dia alcançarmos a sua graça.

No evangelho segundo São João (Jo 18,1-19,42.) vemos um relato de toda a via dolorosa que Nosso Senhor percorreu, a dor de ser traído por um de seus discípulos, ser caluniado, flagelado e humilhado, ser negado por Pedro que prometera estar com Ele em qualquer momento, esteve diante de um tribunal que já tinha a sentença definida, olhar para a multidão que dias antes gritavam “Hosana ao filho de Davi” e que hoje gritavam “Crucifica-o”, sozinho, ferido e humilhado Ele amou até o fim.

Pilatos pediu que o povo escolhesse quem deveria ser solto, Jesus ou Barrabás, os chefes dos sacerdotes excitavam o povo para escolher um criminoso e mandaram executar aquele que veio salvar o mundo. Em nosso mundo vemos isso acontecer com muita frequência, a sociedade, as redes sociais, a política e o liberalismo ecoam aos nossos ouvidos, solte Barrabás e crucifique Jesus, nós como cristãos devemos resistir a esta tentação e seguir os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Não bastasse tamanha humilhação, Jesus viu os soldados repartindo as suas vestes e sorteando o seu manto, Ele quis participar da dor de muitos que sofrem perseguições, que tem roubados a sua vida e a sua dignidade, Jesus Cristo nu na cruz nos mostra que não há limites para o seu amor e Ele sempre estará junto dos que mais sofrem.

No alto da cruz Jesus reconhece alguns rostos, pessoas que o acompanharam em vários momentos da sua missão, olhando viu sua mãe e o discípulo que Ele amava, e disse: “Mulher, este é o teu filho” e seguida disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”, num gesto de imenso amor Nosso Senhor se compadece com o mundo que vive órfão e entrega a sua mãe como a mãe de toda a humanidade, agradeçamos a Jesus Cristo por entregar a nós pecadores aquela que desde o início tornou a salvação do mundo possível, que o sim de Nossa Senhora ecoe em nossa missão.

Totalmente entregue a sua paixão e morto na cruz, Jesus tem em José de Arimateia a garantia de um sepultamento digno, este discípulo que seguia Jesus secretamente reivindicou a Pilatos o corpo e este foi entregue sem que seus ossos fossem quebrados, podendo assim receber os preparativos para o funeral conforme os costumes dos judeus.

Nosso Senhor Jesus Cristo nos amou de forma que mais ninguém poderá nos amar, mesmo não sendo merecedores Ele derramou o seu preciosíssimo sangue para redimir os nossos pecados, não podemos deixar que seja em vão este gesto de tão grande amor, hoje participamos da sua paixão para juntos com Ele participarmos da glória da ressurreição, mas para isso devermos trilhar o caminho que Jesus Cristo percorreu, sem medo e sem pecado, colocar a nossa confiança no Senhor e assim ressurgiremos com Jesus Cristo ressuscitado na glória de Deus Pai. 
Rubens Corrêa


quinta-feira, 18 de abril de 2019

Participemos da ceia de Nosso Senhor (18/04/2019)


A liturgia de hoje nos traz duas reflexões. Na primeira reflexão Jesus se coloca como servo e lava os pés dos seus discípulos, ou seja, nos ensinando que “Quem ama se coloca a serviço dos irmãos”, sempre o objetivo maior leva-lo ao colo de Deus,  e na segunda Jesus institui a eucaristia que será nossa força e nosso alimento espiritual até a vinda de Nosso Senhor.

Primeira Leitura: Êxodo 12,1-8.11-14
Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias, 1o Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2“Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais conforme o tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até o dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerdes. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘passagem’ do Senhor! 12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar, por todas as gerações, como instituição perpétua”. – Palavra do Senhor. – Graças a Deus.

Na leitura do livro do Êxodo temos a narrativa da passagem do Senhor Deus sobre a terra para limpá-la dos cultos aos deuses pagãos e desobediência de um povo que se recusa seus ensinamentos e que oprimem os mais fracos. O senhor orienta os seus escolhidos como deve agir para não serem atingidos por esta praga exterminadora. O sinal que sela essa aliança é o sangue do cordeiro, que já é uma prefigura da aliança do último e maior sacrifício de Amor, o Cordeiro tira o pecado do mundo através do seu sangue o próprio Jesus Cristo Nosso Senhor. 
   
Salmo 115(116B)
O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo o cálice da minha salvação, invocando o nome santo do Senhor.
É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, mas me quebrastes os grilhões da escravidão!
Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor na presença de seu povo reunido.

Este Salmo responsorial é uma oração de louvor a Deus por tudo que ele fez e faz ao nosso favor, o cálice abençoado é a nossa comunhão com o sangue de Nosso Senhor, comungamos da sua paixão para com Ele estar na ressurreição.

Segunda Leitura: 1 Coríntios 11,23-26
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos, 23o que eu recebi do Senhor, foi isso que eu vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. 26Todas as vezes, de fato, que comerdes desse pão e beberdes desse cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha. – Palavra do Senhor. – Graças  a Deus.

As cartas de São Paulo são cheias de ensinamentos, ele sempre nos adverti como devem viver os filhos da luz. Na liturgia de hoje sua carta vem nos recordar o momento da instituição da Eucaristia a “Última Ceia”, onde Jesus repartiu o pão e o vinho com seus discípulos ensinando-os a prosseguirem após sua partida, com isso estabelece uma aliança que será selada com o seu próprio sangue que derramará mais adiante na cruz. Esse sacrifício de Amor se consolida em cada missa realizada e assim devemos prosseguir até que ele retorne novamente.

Evangelho: João 13,1-15
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João: 1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”. 11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. 12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”. – Palavra da salvação.— Glória a vós, Senhor.

Que belíssimo evangelho temos hoje no dia que celebramos a Última Ceia! No qual Jesus dá o maior de todos os ensinamentos Amor. Aquele que ama quer bem, ou seja se coloca a serviço para o bem daquele a quem ama. Para muitos, o que é visto como humilhação para Jesus é sinal de elevação. Aquele que deseja ser o primeiro, deve se pôr a serviço de Deus na vida dos irmãos.

Neste evangelho podemos destacar alguns pontos para meditarmos.

Jesus sabia que sua hora se aproximava e que Judas o trairia, então mostra como deve prosseguir um cristão diante das dificuldades e sofrimentos, paga o mal com o bem, lava o pé de todos mesmo daquele que o trairia, assim nos mostrando a humildade e resignação diante das adversidades.


Resultado de imagem para jesus lava os pés dos discípulosDestacamos também a postura de Pedro que de imediato acha aquele gesto de Jesus inoportuno, e questiona como poderia ele como messias lavar os pés daqueles que eram menores que ele, porém Jesus o advertiu que aqueles que querem estar unidos a Deus, não devem questionar a suas atitudes e nunca se recusarem a receber as graças que ele gratuitamente e generosamente deseja dispor a cada um, quer achamos merecedores ou não. Sabemos que sem Deus não somos e que só com sua graça poderemos dar passos maiores, então sem questionamento nos entreguemos à vontade do Senhor.

Compreendeis o que acabo de fazer? [...] Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés um dos outros. Nesse trecho está toda a essência da nossa liturgia, ou seja, o objetivo para qual fomos criados louvar a Deus o reconhecendo como Senhor e Mestre, reverenciá-lo por que sendo Deus sempre se coloca a serviço para a salvação da humanidade, e por último, mas não menos importante servi-lo, imitar seu gesto de amor servindo a Ele na figura de nossos irmão. E assim reconhecer que somos a sua imagem e semelhança.

Devemos buscar dia a dia nos lavar de nossos pecados, pois para isso é que o preciosíssimo sangue de Cristo foi derramado, para que possamos chegar à mesa da eucaristia devidamente preparados para o banquete da salvação que nos traz uma perfeita intimidade com Deus, onde é possível sentir, pensar e agir como o Nosso Senhor Jesus Cristo.  

Peçamos a Maria Santíssima que nos ajude a viver essa perfeita harmonia com Deus, ela que desde sua concepção esteve nessa intima convivência com Deus Pai, Filho e Espírito Santo e nunca por um instante se quer se desviou de seus propósitos, sendo a primeira a comungar, o primeiro sacrário, a primeira a realizar a via dolorosa, a única que guardou no seu coração a certeza da ressurreição e aquela que hoje contempla a visão beatifica do Pai. Tenhamos assim unidos a Virgem Santíssima uma perfeita preparação para a Páscoa, momento no qual passaremos do vaso velho para o vaso novo em Cristo Jesus.
Salve Maria!
Rosiani Corrêa Meirelles