Neste terceiro domingo do Advento, ouvimos a voz que clama no deserto, é
João Batista que veio para anunciar a chegada do Messias, mais do que anunciar
ele veio preparar o caminho denunciando o havia de errado e nos convidando à conversão.
E hoje estamos preparando o caminho do senhor? Precisamos continuar a missão de
João, pois a muitos que necessitam deste testemunho.
Na
primeira leitura o profeta Isaías nos diz, “O
espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar
a boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção para os
cativos e a liberdade para os que estão presos; apara proclamar o tempo da
graça do Senhor. Exulto de alegria no Senhor e minh’alma regozija-se em meu
Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da
justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas joias. Assim
como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o
Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações.”(Is
61,1-2a.10-11.) O espírito do Senhor nos ungi para a missão, pois a muito o que
fazer, somos ungidos para trazer luz as nações, sendo sinais de esperança, para
assim germinar o amor, a paz e a justiça para essa nova civilização, está em
nossas mãos a continuidade desta missão.
Na
carta aos Tessalonicenses, o apostolo São Paulo nos prepara para o caminho
desta missão, “Irmãos: Estai sempre
alegres! Rezai sem cessar. Dai graças em todas as circunstâncias, porque essa é
a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não apagueis o espírito! Não
desprezeis as profecias, mas examinai tudo e guardai o que for bom. Afastai-vos
de toda espécie de maldade! Que o próprio Deus da paz vos santifique
totalmente, e que tudo aquilo que sois — espírito, alma e corpo — seja
conservado sem mancha alguma para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! Aquele
que vos chamou é fiel; ele mesmo realizará isso.”(1Ts 5,16-24) O caminho da
missão é árduo e precisamos estar sempre preparados para as adversidades que eremos
encontrar, é necessário manter-nos firmes na oração, pois ela que nos dá força
para nossa caminhada, devemos nos afastar de tudo aquilo que nos atrapalhe na
missão, inclusive de algo que encontramos dentro das igrejas, muitas oprimimos
o nosso povo com regras muito pesadas e o afastamos da religião, as religiões
devem estar a serviço do povo, santificando-o e não oprimindo-o, por isso
devemos guardar o que for bom.
No
evangelho percebemos a beleza da missão de João Batista, a humildade, “Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome
era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos
chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio dar testemunho da
luz. Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém
sacerdotes e levitas para perguntar: Quem és tu? João confessou e não negou.
Confessou: Eu não sou o Messias. Eles perguntaram: Quem és então? És tu Elias?
João respondeu: Não sou. Eles perguntaram: És profeta? Ele respondeu: Não. Perguntaram
então: Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos
enviaram. O que dizes de ti mesmo? João declarou: Eu sou a voz que grita no
deserto: Aplainai o caminho do Senhor — conforme disse o profeta Isaías.” (Jo 1,6-8.19-23.)
Diferentemente de nós que temos necessidade de nos afirmar, João Batista
diminuiu a importância da sua missão para que a missão de Jesus fosse
evidenciada, em nossas igrejas muitos estão em mais evidencias do que Jesus, a
igreja usada para alto-promoção, João foi o oposto disso.
Segundo
João o que estava por vir era que o que realmente importava e que ele só estava
preparando o caminho, “Ora, os que tinham
sido enviados pertenciam aos fariseus e perguntaram: Por que então andas
batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta? João respondeu: Eu
batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que
vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias. Isto
aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.”(Jo 1,24-28.)
Muitas vezes, como João, somos questionados sobre a autoridade de exercer a
missão, Deus nos dá esta autoridade, mas, assim como João devemos saber que o
mais importante não somos nós e sim Jesus, é para o anuncio dele que empenhamos
os nossos esforços, ele é a razão da nossa missão, e é ele que deve ser
evidenciado em nossas ações e palavras.
João
Batista recebeu uma das missões mais nobre, anunciar a vinda do Salvador, mas,
ele não fez disso uma gloria pessoal, devemos nos espelhar no exemplo de João,
com humildade e amor servir ao Senhor nos colocando a serviço do próximo como
Jesus pediu, para isso somos ungidos pelo espirito santo, e firmes na oração encontramos
força necessária para transformar este mundo, no lugar melhor para todos, onde
a justiça e a paz possam ser alicerce de uma nova sociedade.
Rubens Corrêa |
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