Introdução geral
No domingo passado, acompanhamos o sinal de
Jesus na multiplicação dos pães. A multidão não havia compreendido o sentido
verdadeiro da ação de Jesus, por isso Ele explica o sentido do sinal.
A melhor obra que podemos realizar é crer em
Jesus, o Filho de Deus enviado para dar a vida ao mundo. Jesus é o dom de amor
gratuito oferecido pelo pai à humanidade. Em Jesus nos tornamos pessoas novas,
criadas à imagem e semelhança de Deus.
Recordando a
palavra
Evangelho (Jo 6,24-35): Eu sou o pão da vida
O ensinamento de Jesus faz alusão ao relato
do maná, o alimento dos israelitas no deserto (Ex 16,1s). Jesus é o verdadeiro
Mestre que conduz o diálogo, assim como fez com a mulher samaritana (Jo 4,7s).
Sua Palavra oferece o alimento e a água que saciam plenamente a nossa fome e a
nossa sede.
Ele oferece o alimento que permanece para
sempre até à vida eterna (6,27) e Ele mesmo dá a vida ao mundo (6,32). Também
nós podemos pedir cheios de confiança: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”
(6,34). A Palavra de Deus, revelada em
Jesus Cristo, alimenta aqueles que acreditam que Ele pode saciar a fome e matar
a sede dando razões de existir.
Alimentados pelo pão do céu, seremos
transformados em pessoas novas, podemos enxergar além das aparências e ver com
os olhos de Deus, tendo também as atitudes do coração misericordioso do mesmo
Deus que tem compaixão do seu povo peregrino. Que Deus nos renove e nos
consagre totalmente na escolha do seu serviço.
I leitura (Ex
16,2-4.12-15): Farei chover pão do céu
O relato fala do pão e das codornizes como
resposta ás murmurações do povo por falta de comida e de bebida. O texto
enfatiza o dom milagroso do maná, que se torna sinal da presença de Deus e
alimenta o povo, sobretudo por meio da palavra (cf. Dt 8,2-3).
O povo no deserto, em busca da terra
prometida, faz a experiência do Deus da aliança, que acompanha a caminhada com
amor e solicitude.
O salmo 77(78) é uma oração sapiencial que
sublinha as maravilhas de Deus em favor do seu povo ao longo da história.
II leitura (Ef
4,17.20-24): Aquele que desceu do céu
Esta leitura convida a trilhar o caminho da
vida nova, inaugurado com a morte e ressurreição de Jesus. A experiência da fé
em Cristo transforma a antiga criatura em pessoa renovada.
A identificação com Cristo compromete a
seguir o caminho da “verdadeira justiça e santidade” (4,24), testemunhada pela
“caridade, o vínculo da perfeição” (cf. Cl3,14).
Acreditar em Jesus e seguir o seu projeto
salvífico é o trabalho que nos deve comprometer por toda a vida. A
identificação com Jesus impulsiona a colaborar na construção de um mundo mais
humano e fraterno.
Luis Filipe Dias |
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