Neste segundo
Domingo da Páscoa nos encontramos novamente com Jesus ressuscitado, muitas
vezes nos vemos como Tomé que precisou ver fisicamente para acreditar na
ressurreição de Jesus, outras vezes acreditamos cegamente confiando na
veracidade dos fatos narrados pelos apóstolos que foram testemunhas oculares da
glória da ressurreição de Jesus Cristo. Que possamos enxergar de um novo modo,
vejamos com os olhos da fé.
A leitura dos Atos
dos Apóstolos (At 2,42-47.) nos traz um relato das primeiras comunidades, muito
perseverantes procuravam seguir os passos de Jesus.
Leitura dos
Atos dos Apóstolos: Os que se haviam convertido 42eram perseverantes
em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e
nas orações.
43E todos
estavam cheios de temor por causa dos numerosos prodígios e sinais que os
apóstolos realizavam. 44Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e
colocavam tudo em comum; 45vendiam suas propriedades e seus bens e
repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um.
46Diariamente,
todos frequentavam o Templo, partiam o pão pelas casas e, unidos, tomavam a
refeição com alegria e simplicidade de coração. 47Louvavam a Deus e
eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava ao seu
número mais pessoas que seriam salvas. - Palavra do Senhor. - Graças a Deus.
No início do
cristianismo vemos como era mais intenso modo de seguir a Jesus Cristo, ouvindo
o testemunho dos apóstolos o novo convertido despojava dos seus bens e tudo era
repartido de conforme a necessidade de cada um, que imagem linda desta
comunidade, caminhar entre eles e perceber que ninguém passava fome, pois com
muita alegria repartiam o pão e a palavra de Deus, deveríamos nos espelhar neste
exemplo, em nosso país que produz toneladas de alimentos vemos muitos irmãos
morrendo de fome, enquanto a corrupção e ganancia furta do pobre os direitos
básicos que garantiriam aos filhos de Deus uma vida com dignidade. Devemos
mudar esta triste realidade.
Em sua carta (1Pd
1,3-9.) Pedro bendiz ao Senhor Deus que ressuscitou Jesus Cristo e nEle podemos
manter viva a nossa esperança.
Leitura da
Primeira Carta de São Pedro: 3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre
os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para
uma herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para
vós nos céus.
5Graças à fé,
e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se
nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja
necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias
provações.
7Deste modo, a
vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível,
que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória no dia da
manifestação de Jesus Cristo.
8Sem ter visto
o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós
fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que
acreditais: a vossa salvação. - Palavra do Senhor. - Graças a Deus.
Vemos neste grande
apóstolo, Pedro, uma importante testemunha do Reino de Deus, ele que três vezes
negou o Senhor, também reafirmou três vezes o seu amor por Jesus, hoje vem nos
dizer que Deus em sua infinita misericórdia ressuscitou Jesus dente os mortos
para também ressuscitar a nossa esperança no Reino de Deus. Pedro que
glorificou a Deus com o seu martírio, sendo crucificado de cabeça para baixo,
vem nos dizer que devemos fundamentar a nossa fé em Jesus Cristo mesmo que
sejamos perseguidos pelo mundo e passar por muitas provações, pois um dia
participaremos da eterna glória de Jesus na presença de Deus.
Como é fácil nos
identificarmos com alguns personagens bíblico, no evangelho segundo João (Jo
20,19-31.) vemos a incredulidade do apóstolo Tomé.
Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo João: 19Ao anoitecer daquele dia,
o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar
onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles,
disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas
palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por
verem o Senhor.
21Novamente,
Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos
envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse:
“Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes
serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”.
24Tomé, chamado
Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os
outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes:
“Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas
marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.
26Oito dias
depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava
com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e
disse: “A paz esteja convosco”.
27Depois disse
a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e
coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé
respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste,
porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”
30Jesus
realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos
neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu
nome. — Palavra da Salvação. — Glória a vós, Senhor.
Para Tomé, após
testemunhar as perversidades feitas com Jesus era muito difícil acreditar que
Jesus novamente estava no meio deles, precisava tocar nas marcas dos pregos nas
mãos e ao lado onde a lança tinha transpassado o coração de Jesus, mas eis que
o Senhor retorna e antes mesmo que tocasse Tomé acreditou, “Meu Senhor e meu Deus!” Quantos de nós estamos cegos que não enxergamos
Jesus no irmão necessitado?
Novamente vivo,
Jesus não pede aos seus apóstolos vingança por tudo o que sofreu do flagelo ao
calvário, ele trouxe uma mensagem que devemos fazer ecoar nestes dias em que a
guerra fica cada vez mais eminente, “A
paz esteja convosco”, é isso que Ele quer de nós, que sejamos mensageiros
desta paz que falta no mundo, não podemos perder as esperanças, Ele caminha
conosco.
Que neste Domingo, que celebramos a Festa da Divina Misericórdia, possamos verdadeiramente ouvir voz do Senhor e enxergar com os olhos da fé este mundo novo que Deus idealizou para nós, precisamos crer mesmo em situações desfavoráveis, precisamos fundamentar a nossa fé em Jesus Cristo que ressurgiu para nos devolver a esperança no mundo novo onde juntos como irmãos partilhamos não só a palavra, mas também o pão que devolve a dignidade a todos os filhos de Deus. Que Nossa Senhora interceda por nós junto ao seu Filho, ela nos ama com amor de mãe.
Em Jesus e Maria.
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