XXII domingo do tempo comum, Ano B
Iniciamos o mês de da Bíblia e nos propomos
fazer um caminho com a Palavra revelada.
Ouvir a Palavra e coloca-la em prática é um
eixo que perpassa toda a sagrada Escritura e aparece logo na primeira leitura
(Dt 4,6), assim como na segunda – “sede praticantes da Palavra e não meros
ouvintes (Tiago 1,22) e surge ainda na crítica que Jesus faz aos fariseus
citando o profeta Isaías: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração
está longe de mim” (Mc 7,6).
Recordando a Palavra
Na primeira leitura, depois de fazer memória
dos grandes acontecimentos do Êxodo e do monte Horeb, de sua caminhada no
deserto, Moisés se volta para o cerne da questão: “Ouvir a lei de Deus para que
possa seguir seus caminhos” (Dt 4,1).
A segunda leitura aprofunda a dimensão do dom
completo dessa Palavra: ouvir para servir de pauta no seguimento dos critérios
de Deus.
O Evangelho enfoca a novidade e a diferença do
projeto de Jesus em relação à ideologia dos fariseus (Mc 7,1-23) focada na
tradição oral.
Os líderes do povo em vez de se preocuparem com
as verdadeiras necessidades do povo, estão eternamente preocupados com a
pureza!
O decisivo não é mais a cultura e as tradições
por mais puras que sejam, mas o que sai do coração é que torna o homem impuro.
Segundo a tradição profética para saber se o
coração está perto de Deus não é o culto, mas a relação fraterna com o próximo
(Am 5,21-27; Is 1,10-20).
Só os ídolos se satisfazem com louvores e
rituais. A crítica que Jesus faz às lideranças religiosas é a sua hipocrisia, a
falsidade, de aparentar ser o que não são, de exigir fardos pesados aos outros,
mas eles mesmos driblam as leis para seu benefício.
Mês da Bíblia
A Bíblia, Palavra de Deus, nos é dada e
transmitida como puro dom. Ouvi-la e pô-la em pratica é o grande apelo que a
Palavra revelado nos faz. Tudo é dom. Tudo o que temos e somos é o mais puro
dom.
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| Luis Filipe Dias |
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