Admonição
Neste domingo, em que lemos
no Evangelho a história da ressurreição do filho da viúva de Naim, Lucas quer
mostrar com este relato a chegada dos tempos messiânicos da salvação.
Jesus revela o caminho
alternativo para uma sociedade justa (Evangelho). O profeta é o portador da
Palavra de Deus, capaz de transformar radicalmente a realidade pessoal e social
(I leitura). Jesus escolhe e envia discípulos missionários, como Paulo, para
anunciar a todos os povos as maravilhas do Senhor (II leitura).
Comentário bíblico
Esta leitura do primeiro
livro dos Reis narra o episódio de uma viúva de Sarepta, pequeno povoado na
Fenícia. Elias, o homem de Deus, intercede pela causa da viúva em risco de
perder seu filho. O Deus misericordioso e compassivo atende a súplica do
profeta e devolve a vida ao seu filho enfermo.
O Salmo 29 (30) é uma oração
de louvor e ação de graças a Deus pela libertação de uma doença grave. O
salmista exalta aquele que o levantou do abismo (ou xeol), restaurando-o na
vida plena. Agradecemos ao Senhor, que nos liberta das situações difíceis,
fazendo-nos experimentar sua força de vida e salvação.
II leitura (Gl 1,11-19): A
graça da conversão
A segunda leitura da carta
aos Gálatas destaca o ministério de Paulo fundamentado no Evangelho de Cristo.
A vocação missionária do grande apóstolo de Cristo é descrita como um chamado
profético e tal como Jeremias (Jr 1,4-10) Paulo sente-se chamado por Deus desde
o ventre materno (Gl 1,15).
O
Evangelho de Lucas é o único que nos apresenta o episódio da ressurreição do
filho da viúva de Naim. As viúvas e os órfãos juntamente com os estrangeiros
têm um lugar de destaque por necessitarem de proteção. (cf Dt 10,18). Elas
dependiam dos filhos e por isso esta viúva ficaria em estado crítico ao perder
seu filho único. Ela se encontra indefesa, sem recursos financeiros e sem o
apoio de ninguém nem mesmo dos seus familiares.
Jesus
chega, acompanhado por seus discípulos e uma grande multidão, e encontra a
procissão levando o morto a sepultar. Aparecem duas realidades opostas: um
cortejo conduzido por Jesus Cristo, o doador da vida e o outro cortejo, pleno
de sinais de morte. Como Filho de Deus, portador da vida, Jesus toma a
iniciativa e ressuscita o filho da viúva. O Deus da vida ouve o lamento dos que
choram e os socorre com seu amor misericordioso.
Atualizando
a Palavra
As
duas viúvas representam toda a humanidade necessitada do amparo de Deus na luta
em favor da vida. Seguindo o caminho trilhado por Cristo, somos chamados a
viver a compaixão, a bondade, a misericórdia, acolhendo e ajudando as pessoas
que vivem situações de morte por cause de desemprego, drogas, violência, fome,
doenças, e morte prematura dos filhos.
O
trabalho persistente e solidário, comprometido com a defesa da vida, liberta da
morte gerada pelo egoísmo, exploração e opressão.
Somos
chamados a anunciar a Boa nova do Reino enfrentando os desafios de cada dia.
Pe. Luis Filipe Dias |
Excelente!
ResponderExcluirExcelente!
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