
Primeira Leitura: Êxodo 32,7-11.13-14

A leitura do livro do Êxodo nos mostra que o povo fraqueja novamente e desviando
do caminho passa a adorar outros deuses que não são o Senhor que o libertou da
escravidão, Deus olhando a infidelidade daquele povo decido por exterminá-lo,
mas Moisés suplica para misericórdia de Deus e o lembra das promessas feitas a
Abraão, Isaac e Israel, diante de tal suplica Deus desiste do mal que haveria
de fazer.
Também nós por diversas vezes tendemos a nos afastar do caminho do Senhor,
ou ainda encontramos pessoas que agem assim, diferentemente de Moisés, muitas
vezes as criticamos e condenamos no lugar de mostrar o caminho e interceder por
elas, este mundo necessita de mais pessoas como Moisés.
No Salmo 50(51) reconhecemos a grandeza do Senhor e reconhecemos
que tudo de bom que temos é por amor que Ele nos concede, precisamos nos colocar
a caminho de volta para a casa do Pai.
Vou agora levantar-me, volto à casa do
meu pai.
Tende piedade, ó meu Deus,
misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro
do pecado e apagai completamente a minha culpa!
Criai em mim um coração que seja
puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa
face nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
Abri meus lábios, ó Senhor, para
cantar, e minha boca anunciará vosso louvor! Meu sacrifício é minha alma
penitente, não desprezeis um coração arrependido!
Segunda Leitura: 1 Timóteo 1,12-17

O apóstolo São Paulo mostra o quão grande é a misericórdia de Deus, ele
que era um perseguidor de cristãos se encontra com Nosso Senhor e se converte,
recebendo a missão de ser evangelizador e realizou esta missão com grande
proeza, também nós podemos nos libertar das amarras do pecado e continuar a missão
confiada a São Paulo, Jesus Cristo a todo momento nos convida a santidade.
Evangelho: Lucas 15,1-32

11E Jesus continuou: “Um homem tinha
dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai:
‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre
eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que
era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida
desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que
possuía, houve grande fome naquela região e ele começou a passar
necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um
homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os
porcos comiam, mas nem isso lhe davam. 17Então caiu em si
e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui,
morrendo de fome. 18Vou-me embora,
vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra
ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como
a um dos teus empregados’. 20Então ele partiu
e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu
compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus
e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. 22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a
melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias
nos pés. 23Trazei um novilho gordo e
matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu
filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E
começaram a festa. 25O filho mais
velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de
dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que
estava acontecendo. 27O criado
respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o
recuperou com saúde’. 28Mas ele ficou
com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti
há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um
cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou
esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho
cevado’. 31Então o pai lhe disse: ‘Filho,
tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este
teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’”. –
Palavra da salvação. – Glória a Vós
Senhor.

Na parábola do filho pródigo Nosso Senhor vai mais além, mostra que um
dos filhos além de sair do convívio do seu pai, leva consigo uma parte do fruto
do trabalho anos do pai e esbanja em uma vida promiscua, o pai não se revolta
com o que o filho gasta dos seus bens, mas espera um dia o recuperá-lo com vida
e saúde, assim também Deus nos espera todos os dias na porta da sua casa aguardando
o nosso retorno para o seu caminho de santidade.
Ao terminar com todos os seus bens, o jovem se ver abandonado pelos
falsos amigos o que ajudaram a gastar tudo o que tinha, com fome decide
procurar emprego e nem o que os porcos comiam ela não poderia comer, cai em si
e lembra o quanto era feliz na casa do pai e decide voltar não mais como filho,
mas como empregado, pois na casa do pai até os servos tinham com fartura. Assim
também nós quando nos reconhecemos no pecado e vendo o quanto estamos manchados
pelo ele, vemos que não valeu a pena sair do convívio do Senhor, é preciso
trilhar o caminho de volta para Deus.

Não podemos terminar esta reflexão sem mencionar a postura do irmão mais
velho que voltando do campo onde trabalhava viu a grande festa para o irmão que
retornara e sabendo da condição de como ele voltou, se recusou a participar da alegria
do pai, também nós somos tentados a agir como este irmão, estando sempre na presença
do Senhor e se mantendo fiel ao seu caminho sem vacilar, muitas vezes não
conseguimos encontrar alegria por aqueles que andavam em caminhos tortos e em
algum momento decidiram voltar para a casa do Pai, no lugar de nos alegrar, os
criticamos lembrando o tempo que eles estavam dividindo a comida com os porcos
e não recordamos que novamente o Senhor os revestiram de dignidade, libertando-os
da mancha do pecado. Precisamos mudar esta atitude para participarmos da festa do
Reino de Deus.
Que neste domingo possamos voltar para a casa do Pai, na certeza que Ele
nos espera de braços abertos, mas para isso é necessário que primeiramente reconheçamos
a nossa condição de pecador e fazer um proposito firme de mudar de vida, neste
caminho de volta encontramos irmãos que também se perderam e que muitas vezes
não tem forças para trilhar o caminho sozinhos, se caminharmos juntos um anima
a caminhada do outro, quando ameaçar fraquear o outro lembra do que nos espera
no fim deste caminho, um Pai amoroso que nos espera para nos vestir da melhor
túnica, colocar o melhor anel no dedo e colocar a melhor sandálias nos pés, Ele
nos ama com filhos e nos espera para começar o banquete nos Reino dos Céus.
Rubens Corrêa |
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