quarta-feira, 28 de outubro de 2015

“Creio na comunhão dos Santos”... (01/11/2015)

Deus nos fala: Toda a santidade é dom de Deus
   As leituras desta festa nos ajudam a entender esta realidade da vocação ao amor.
Apocalipse de S. João (7,2-4.914): todo o povo de Israel está no caminho de santidade
Salmo 23: É assim a geração dos que procuram o Senhor!
Primeira Carta de São João (1 Jo 3,1-3): Somos Filhos bem amados de Deus
Evangelho de Mateus sobre as Bem-aventuranças (Mt 5,1-12): Caminho de santidade

Recordando a Palavra
   Numa só festa todos os santos e santas de Deus formam a nação santa e raça eleita, cujos nomes estão inscritos no livro da vida (Ap 20,21).
   O caminho já começou. Deus, em seu imenso amor de Pai, nos presenteou com a sublime graça “de sermos chamados filhos de Deus” (1 Jo 3,1).
  O Evangelho de Mateus nos estimula a buscar o que na verdade precisamos saborear: “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus” (Mt 5,12).
   A cena inicial evoca a antiga aliança de Deus com Israel. A “montanha” faz lembrar o monte Sinai, onde Moisés recebeu a Lei (Ex 24,12). Aqui Jesus é diferente, pois ele fala como Filho de Deus e não como seu intermediário (Moisés). Jesus fala com autoridade própria. Por isso “sentou-se” (v.1) e “começou a ensinar” (v.2), como faz um Mestre com seus discípulos ao redor. Jesus não vem dar mandamentos, mas sim anunciar o Reino dos céus e mostrar que quem acolhe este Reino como felicidade tem um nome: são os pobres, os mansos e os puros de coração!

Pista de Reflexão
   “Festejamos, hoje, a cidade do céu, a Jerusalém do alto, nossa mãe, onde nossos irmãos, os santos, vos cercam e cantam eternamente o vosso louvor. Para essa cidade caminhemos, pressurosos, peregrinando na penumbra da fé. Contemplemos, alegres, na vossa luz, tantos membros da Igreja, que nos dais como exemplo e intercessão”. (Prefácio do dia)
   “Ao celebrarmos, ó Deus, todos os Santos, nós vos adoramos e admiramos, porque só vós sois Santo, e imploramos que a vossa graça nos santifique na plenitude do vosso amor, para que, desta mesa de peregrinos, passemos ao banquete do vosso reino”. (Oração pós comunhão)
   “Santo significa ser de Deus: os que procuram, a Deus com todo o coração”. (Or. Eucarística IV)
A santidade de Deus é um apelo permanente no sentido de nos aproximarmos do seu jeito amoroso de ser: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).
Luis Filipe Dias

sábado, 24 de outubro de 2015

“Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” (25/10/2015)

   Neste meditamos neste domingo sobre as cegueiras que nos impede de enxergar a luz que vem de Jesus, não podemos pensar somente na cegueira física, mas, principalmente na cegueira espiritual que não nos deixa visualizar as belezas dos caminhos do Senhor, muitas vezes as coisas do mundo funcionam como vendas para os nossos olhos e nos encontramos em meio as trevas, porém devemos deixar os nossos ouvidos bem abertos para escutar a voz de Jesus e suplicar que nos liberte desta situação, libertos do pecado podemos enxergar mais nítido e longe, pois estamos vendo com os olhos da fé.
   Na primeira leitura (Jr 31,7-9.) ouvimos do profeta Jeremias estas palavras: “Isto diz o Senhor: Exultai de alegria por Jacó, aclamai a primeira das nações; tocai, cantai e dizei: ‘Salva, Senhor, teu povo, o resto de Israel’. Eis que eu os trarei do país do Norte e os reunirei desde as extremidades da terra; entre eles há cegos e aleijados, mulheres grávidas e parturientes: são uma grande multidão os que retornam. Eles chegarão entre lágrimas e eu os receberei entre preces; eu os conduzirei por torrentes d’água, por um caminho reto onde não tropeçarão, pois tornei-me um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.”
   Vemos que a nossa fortaleza está no Senhor, ele reuni o seu povo e o reconduz por um caminho reto, lá não há excluídos, todos somos igualmente filhos de Deus, é assim que ele nos quer, como seus filhos e sendo todos irmãos na fé, reconhecendo que Deus sustenta nossos passos não tememos tropeçar no caminho, para juntos em uma só voz louvar e bendizer a Deus Pai misericordioso.
   Na leitura da carta aos Hebreus (Hb 5,1-6.) vemos: “Todo sumo-sacerdote é tirado do meio dos homens e instituído em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. Sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. Por isso, deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo, quanto pelos seus próprios. Ninguém deve atribuir-se esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão. Deste modo, também Cristo não se atribuiu a si mesmo a honra de ser sumo-sacerdote, mas foi aquele que lhe disse: ‘Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei’. Como diz em outra passagem: ‘Tu és sacerdote para sempre, na ordem de Melquisedec’.”
   Muitos homens e mulheres são chamados por Deus do meio do povo para a missão, isso vai além da nossa vontade, é ele que nos chama e capacita conforme as necessidades do povo, vemos em Jesus Cristo o exemplo a ser seguido, sendo o filho de Deus, não ostentou do que é, se fez servo fiel colocando-se a serviço dos pobres e marginalizados, somos chamados para também nos colocar a serviço de quem mais necessita, e não podemos esperar reconhecimento por isso, a nossa maior alegria está em estender a mão e ajudar o irmão à recuperar a sua dignidade, foi por isso que Jesus se entregou até fim.
   No evangelho segundo Marcos (Mc 10,46-52.) vemos que estando sentado a beira do caminho, o cego Bartimeu escuta que Jesus e seus discípulos   passavam por ali, ele começou a gritar, “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Mesmo sendo repreendido por muitos que ali estavam ele gritava ainda mais, então Jesus parou e mandou que o chamasse, eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” Imediatamente e deixou tudo e correu ao encontro do mestre, e Jesus o pergunta: “O que queres que eu te faça?” Ele que pediu para ver novamente, e Jesus disse-lhe: “Vai, a tua fé te curou” Imediatamente ficou curado e passou a seguir a Jesus.
   Mesmo sabendo do que o cego precisava, Jesus fez questão de ouvir dele qual era a sua necessidade, e depois deixou claro que ele foi curado pela fé. Como muitas vezes sentimos dificuldade em acreditar no poder se Jesus? Suplicamos e duvidamos, estamos como cegos, não fisicamente e sim espiritualmente, mas, basta uma atitude nossa para que Jesus possa se manifestar em nossa vida. Nesta mesma passagem bíblica vemos que muitos repreendiam o cego que estava a suplicar por Jesus, e isso não ocorreu somente naquela época, ainda hoje muitos têm suas súplicas silenciadas por aqueles que se acham mais escolhidos, mas Jesus escuta a cada um de forma particular, ele está sempre ao nosso lado sustentando os nossos passos.
   Hoje suplicamos a Jesus que nos livre da cegueira espiritual e clamamos “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”, precisamos enxergar este mundo com os olhos da fé e nos colocar a serviço dos desvalidos, somos humanos, fracos e cheios de defeitos, vivemos lamentando dos pequenos problemas que nos incomodam, mas, se olharmos ao redor vemos irmãos que problemas maiores que os nossos e que louvam incansavelmente a Deus mesmo em meio a tantos sofrimentos, devemos aprender com eles a conviver com as nossas dificuldades e a encontrar em Jesus a força que sustenta a nossa missão, que é levar a voz de Jesus para aqueles que vivem em meio a escuridão. Que a luz do Senhor ilumine o nosso caminho.
Rubens Corrêa


domingo, 18 de outubro de 2015

Servir com humildade, eis a nossa missão (18/10/2015)

   Neste domingo Jesus nos convida a meditar sobre os motivos que nos leva a servir a Deus, por sermos humanos limitados, nos sentimos muitas vezes tentados a buscar um local de destaque e achamos que estamos acima dos outros na preferencia de Deus, para ele somos todos iguais e de forma iguais, por ele somos amados, no reino de Deus não há espaço para privilégios e regalias, devemos começar em comunidade a agir deste modo, só assim começamos a viver o céu já aqui na terra.
   Na primeira (Is 53,10-11.) o profeta Isaías nos diz, “O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas.”
   Exclusivamente pela bondade de Deus é que encontramos a salvação, em Jesus fomos libertados do pecado, ele carregou o peso dos nossos pecados, fazendo-nos ressurgir como homens novos para um mundo novo, mas não devemos nos esquecer de que ao nos libertar Cristo nos entrega uma missão de transformar este mundo, somos mensageiros da sua boa nova.
   Na segunda leitura (Hb 4,14-16.) vemos que é preciso nos manter firmes na fé que professamos, é Jesus Cristo, filho de Deus, que como um sumo-sacerdote que entrou no céu, se compadece de nossas fraquezas, fazendo-se de igual a nós, como exceção do pecado. “Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno.”
   Com o seu sacrifício, Jesus abre as portas da graça de Deus, precisamos confiar em sua misericórdia e seguir o caminho da sua justiça, e este caminho se faz seguindo os passos de Jesus, pensar, amar e agir como ele, não há outro caminho, é no irmão necessitado que vemos o rosto do Cristo misericordioso, servindo o irmão estaremos servindo o próprio Jesus.
   No evangelho segundo Marcos (Mc 10,35-45.) vemos que os filhos de Zebedeu, Tiago e João, pediram a Jesus para que concedesse lugares de destaque ao lado dele na gloria de Deus, e Jesus lhes responde: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?” Eles responderam: “Podemos”. Jesus confirmou que de fato eles passariam por tudo, mas que não cabia a ele conceder o lugar a sua direita e a esquerde, estes são para aqueles a quem foi reservado.
   Como é fácil cair na tentação de querer ser maior que os outros? Às vezes nos achamos mais escolhidos porque vivenciamos a palavra de Deus desde a nossa infância ou juventude, e pensamos que quem abraça a fé recentemente é menos merecedor da graça de Deus, Jesus vem nos mostrar que por ele, todos somos merecedores da misericórdia de Deus, e que ao conhecer a graça de Deus, todas as outras coisas parecem menos importante. Porque nos preocupar com o lugar que ocuparemos se o mais importante é estar na presença de Deus?
   Na sequencia do evangelho vemos que os discípulos se revoltaram com a atitude de João e Tiago, mas Jesus os chamando lhes disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas, entre vós, não deve ser assim; quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.
   Jesus mostra que a essência do seu ministério está em servir ao próximo, muitos de nós esperamos estar em evidencia e com pessoas prontas a atender as nossas necessidades, e nos esquecemos de que a nossa missão é ir ao encontro de quem mais precisa. Porque nos preocuparmos com a nossa posição neste ou naquele ministério? O nosso lugar está ao lado do irmão necessitado que estende-nos as mãos esperando o nosso socorro, por outro lado como é comum agirmos como os discípulos que se revoltaram com a atitude de João e Tiago, acho que perdemos um tempo precioso criticando aqueles procuram estar em destaque, é tempo que deveríamos colocar a disposição do próximo, ficar criticando o tempo todo nos atrapalha de seguir o caminho de Jesus.
   Que neste domingo possamos viver a essência da missão que Cristo nos confiou, sem perder tempo com coisas secundárias, sem se exaltar e nem criticar, focando no objetivo principal, levar a esperança onde encontramos desespero, a alegria onde só se vive na tristeza, o amor onde impera o ódio, a paz em meio a tantas guerras, sendo verdadeiros mensageiros da boa nova do Cristo ressuscitado, ele conta conosco para esta tarefa. E qual será a nossa resposta? O amor deve ser a resposta.
Rubens Corrêa


domingo, 11 de outubro de 2015

“Eis que nós deixamos tudo e te seguimos” (11/10/2015)

   Neste domingo meditamos com Jesus sobre o quanto estamos apegados aos bens materiais, olhando os problemas do mundo onde, poucos têm tanto e muitos não tem nem o indispensável para viver, notamos como é difícil o seguimento da palavra de Jesus, vivemos acumulando sempre mais e mais, sem nos preocupar com quem passa fome, frio e sede, Deus nos quer como pessoas novas e livres da ganancia de ter, somos muitos mais do que aquilo que temos, o que somos e o que temos devemos colocar em comum com o próximo.
   Na primeira leitura (Sb 7,7-11.) vemos como Deus nos dá o que realmente necessitamos, “Orei, e foi-me dada a prudência; supliquei, e veio a mim o espírito da sabedoria. Preferi a Sabedoria aos cetros e tronos e, em comparação com ela, julguei sem valor a riqueza; a ela não igualei nenhuma pedra preciosa, pois, a seu lado, todo o ouro do mundo é um punhado de areia e, diante dela, a prata será como a lama. Amei-a mais que a saúde e a beleza, e quis possuí-la mais que a luz, pois o esplendor que dela irradia não se apaga. Todos os bens me vieram com ela, pois uma riqueza incalculável está em suas mãos”.
   No mundo onde se faz guerras e mais guerras para aumentar o poder econômico, vemos como se deixam de lado valores como a prudência e sabedoria, de nada vale o ouro, a prata e as pedras preciosas, se o que buscamos é acumular, nunca estaremos plenamente satisfeitos e sempre nos sentiremos infelizes, pois pensamos que nos falta alguma coisa, o apego as coisas materiais nos deixa cegos impedindo que enxerguemos o verdadeiro tesouro que encontramos em Deus.
   Na segunda leitura (Hb 4,12-13.) que nada se oculta à palavra de Deus, “A Palavra de Deus é viva, eficaz e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. Penetra até dividir alma e espírito, articulações e medulas. Ela julga os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura que possa ocultar-se diante dela. Tudo está nu e descoberto aos seus olhos, e é a ela que devemos prestar contas.”
   Diante da palavra de Deus nada está escondido, ele sabe de tudo o que está em nosso coração, conhece os nossos pensamentos e intenções, ele sabe das nossas atitudes dentro e fora das igrejas. Como pensar que podemos ser tão fervoroso dentro das igrejas e que fora dela tudo está valendo? Muitos cristãos, fora da igreja, praticam atitudes que vão contra os ensinamentos do evangelho, roubam, matam, oprimem, exploram, corrompem e são corrompidos. Quem conhece a palavra deve dar testemunho dela com a sua própria vida, não podemos ser cristãos de fachada.
   No evangelho (Mc 10,17-30.) vemos que alguém se aproxima de Jesus e pergunta o que deve fazer para ganhar a vida eterna, Jesus responde que era necessário que ele seguisse os mandamentos, ele falou que tem seguido tudo desde a juventude, Jesus olhou para ele com amor e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” Cheio de tristeza ele foi embora porque era muito rico. E Jesus disse: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”
   Muitas vezes o que temos nos impede experimentar a graça abundante que há em Deus, nos achamos bons seguidores, desde novo participando e atuando na igreja, mas, nos sentimos apegados às coisas do mundo e constantemente colocamos estas coisas acima da nossa fé, estamos seguindo parcialmente a Jesus, Deus nos quer por inteiro.
   Na segunda parte do evangelho vemos que os discípulos quem poderá se salvar e Jesus responde: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”. Pedro falou que eles tinham deixado tudo para segui-lo e Jesus os respondem: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna.”
   Na história do cristianismo vemos como muitos deixaram tudo para seguir Jesus, e sentiram em suas vidas uma felicidade que só Deus pode proporcionar, mesmo sem posses e sendo perseguidos, eles encontraram em Jesus aquilo que faltava para dar sentido as suas vidas e sentiram-se plenamente realizados, a palavra nos fala do homem rico que não conseguiu renunciar a sua riqueza para vivenciar o evangelho, mas, não podemos pensar que trata-se somente dos ricos que Jesus está falando, muitas pessoas que mesmo não tendo nada, vivem apegadas ao desejo de possuir e deixam de tomar posse do verdadeiro tesouro que encontramos em Jesus Cristo, todos nós temos algo que precisamos de renunciar para viver plenamente o evangelho de Jesus.
   Que neste domingo possamos nos desapegar daquilo que nos impede de viver plenamente a experiência com Deus, somos egoístas e queremos tudo para nós, e mal percebemos que a grandeza de se ter, está em se doar para quem precisa, não precisamos de muito para sermos felizes, o que precisamos realmente é sentir-se querido e amado por Deus, e quando percebemos isso, tudo ganha um sentido novo para nós, todas as outras coisas tornam-se secundárias em nossas vidas, e é aí que a nossa missão começa, temos o dever de testemunhar aos nossos irmãos que o verdadeiro sentido da vida está em Jesus e por ele vale a pena dizer, “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”.
Rubens Corrêa

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A família que Deus quer: “O que Deus uniu, o homem não separe” (04/10/2015)

   Introdução
 A Aliança está biblicamente representada pela realidade simbólico-sacramental do casamento entre um homem e uma mulher; realidade sagrada, mas que tem os seus desafios atuais.
Jesus explica aos seus discípulos que o divórcio é uma “adulteração” de uma relação e, por isso mesmo, se coloca foras do plano de Deus.

   Banquete da Palavra
   Gn 2, 19-24: a dignidade humana e divina; criados à imagem e semelhança de Deus para sermos felizes e criar um mundo onde Deus tenha a primazia. O texto não é uma reportagem de fatos passados, mas uma CATEQUESE sobre a origem da vida e do homem está em Deus.  A solidão é uma experiência terrível para a pessoa humana. ADÃO, apesar de possuir o domínio sobre todas as criaturas, não está plenamente realizado. Sente profunda SOLIDÃO. Falta-lhe alguém com quem compartilhar a vida e a felicidade.
Homem e mulher são iguais em dignidade. Eles são "da mesma carne", partícipes do mesmo destino. Completam-se um ao outro e juntos complementam a obra do Criador. Esta realidade exige que homem e mulher se respeitem e exclui qualquer atitude egoísta de dominação.

   Salmo 127 (128): O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.

   Hb 2,9-11: o projeto de fidelidade absoluta no amor do matrimônio cristão.
Deus amou tanto os homens, que enviou ao mundo o seu Filho. O Filho solidarizou-se com os homens, partilhou a debilidade deles e aceitou morrer na cruz para dizer aos homens que a verdadeira vida está no amor, que se dá até às últimas conseqüências. O casal cristão deve também testemunhar, com a sua doação sem limites e com a sua entrega total, o amor de Deus pela humanidade.

   Mc 10, 2-16: Um casamento fiel faz parte do seguimento de Jesus.
Nos domingos passados Jesus nos ensinou o caminho do Filho do Homem. Hoje seguimos esse ensinamento do Mestre que nos deixa o exemplo: sofrimento, cruz e ressurreição. A Palavra de Deus vem hoje iluminar o nosso caminho. (Marcos 10,2-16)
   Paulo relaciona o amor de esposo e esposa com o amor que Cristo tem pela Igreja e chama a isso de grande mistério ou sacramento. Neste mistério de amor está presente o caminho de Cristo: assumir a cruz nos passos de Jesus. (Cf. Ef 5, 22-23)
   Temos diante de nós toda a realidade da família com santuário da vida. Sacrifício nos urge no momento atual como o real significado do Matrimônio cristão.

  Vivemos num tempo em que os Valores da família são por muitos ignorados ou esquecidos. As leituras falam da dignidade do Matrimônio cristão, dentro do maravilhoso PLANO DE DEUS. Todos somos convidados a rever os nossos compromissos com a família e com a vida.

Pistas de reflexão
- Início do Sínodo sobre a família em Roma: defesa da vida
- outubro, mês missionário com as figuras da missão: Santa Terezinha e São Daniel Comboni;
- semana nacional da vida (01 a 07 de outubro);
- Objeção de consciência como um direito fundamental: tem gente que está disposta a ir presa por não facilitar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. 
Luis Filipe Dias