sábado, 15 de outubro de 2016

Deus fará justiça aos que gritam por Ele. (16/10/2016)

   Neste domingo meditamos com Jesus sob a ótica da oração e da perseverança na Palavra recebida do Senhor.
   No livro do Êxodo, vemos a batalha dos israelitas contra os amalecitas que os vieram atacar (Êx 17,8-13.) “Naqueles dias, os amalecitas vieram atacar Israel em Rafidim. Moisés disse a Josué: ‘Escolhe alguns homens e vai combater contra os amalecitas. Amanhã estarei, de pé, no alto da colina, com a vara de Deus na mão’. Josué fez o que Moisés lhe tinha mandado e combateu os amalecitas. Moisés, Aarão e Ur subiram ao topo da colina. E, enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia; quando abaixava a mão, vencia Amalec. Ora, as mãos de Moisés tornaram-se pesadas. Pegando então uma pedra, colocaram-na debaixo dele para que se sentasse, e Aarão e Ur, um de cada lado, sustentavam as mãos de Moisés. Assim, suas mãos não se fatigaram até ao pôr do sol, e Josué derrotou Amalec e sua gente a fio de espada.”
   Os amalecitas eram um povo nômade que assaltava outros grupos no deserto. Moisés manda Josué comandar a luta enquanto ele estará no alto da montanha com o cajado de Deus na mão.  O cajado de Deus significa que Moisés é o líder do povo e suas mãos erguidas, a oração que conduz o exército à vitória.
   Falando a Timóteo Paulo nos fala da necessidade de ter sempre presente a Sagrada Escritura: (2Tm 3,14-4,2.) “Caríssimo: Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade; tu sabes de quem o aprendeste. Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras: elas têm o poder de te comunicar a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para argumentar, para corrigir e para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra. Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de vir a julgar os vivos e os mortos, e em virtude da sua manifestação gloriosa e do seu Reino, eu te peço com insistência: proclama a palavra, insiste oportuna ou importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina.”
   O primeiro dever de Timóteo, assim como de todo cristão é pregar o evangelho, é levar o conhecimento da Sagrada escritura para o mundo desde a fé de Jesus Cristo.
   O evangelho Lucas nos coloca a necessidade de rezar sempre, sem desistir através da parábola que Jesus contou aos discípulos (Lc 18,1-8.) “Naquele tempo, Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: ‘Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!’’ E o Senhor acrescentou: ‘Escutai o que diz este juiz injusto. E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?’”
   A viúva não tinha ninguém por ela, era sozinha e só sua insistência com um homem que não temia nem a Deus a ajudou a conseguir a vitória desejada. Agora vejamos, se até um homem insensível atende um pedido feito insistentemente, imagine Deus que nos ama, é bom e nos escuta. E quanto a pergunta feita. “Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” Nos faz pensar que mais importante que termos nossas orações atendidas é mantermos nossa fé viva, sem olhar para a fé dos outros, devemos nos perguntar: Tenho fé para me manter firme em meio a todos os acontecimentos do mundo moderno?
   Os textos de hoje nos levam a consciência de que todos os triunfos e sucessos da vida não se devem a nossas forças, mas a ajuda e ao poder de Deus. Para vencer as batalhas que a vida nos apresenta, é preciso ter a ajuda e a força de Deus, que brotam de um diálogo contínuo, nunca interrompido e nunca acabado. Somos convidados a percorrer um caminho e descobrir o Deus libertador vivo e atuante.
   Algo semelhante acontece na oração. Só recorre a Deus, com perseverança, quem se sente pobre, indefeso, consciente de que só dele provém o socorro. Não existe outra esperança. É nesta condição de total indigência que o fiel se volta para Deus. Anima-o a absoluta certeza de ser atendido. Daí sua obstinação.
   A fé é algo que se aprende, que deve crescer com a leitura da Sagrada Escritura para que atinja os homens através dos homens, devemos convidar os batizados e as lideranças das comunidades a redescobrirem o entusiasmo pelo Evangelho na certeza de que Deus nunca nos abandona, ao contrário nos chama, Vem e segue-me.
   Todos aqueles que estão a serviço de Deus devem anunciar a Palavra a fim de que se torne atraente e chegue ao coração dos que a escutam.  
Carla Matos

Nenhum comentário:

Postar um comentário