sábado, 30 de abril de 2016

A utopia do “novo céu e da nova terra” (01/05/2016)

   Quem ama Jesus vive de forma diferente. Uma comunidade que ama, transborda de vida nova. Onde mora Deus, reina o amor, a paz e a concórdia (Evangelho). A paz de Deus é diferente da paz do mundo. Somos convidados a testemunhar a fé no mundo em que vivemos.

Comentário dos textos
   A humanidade nova, morada de Deus
   I leitura (At 15,1-2.22-29): Conflitos fazem parte da comunidade
   Antioquia se torna um centro irradiador da vida cristã. Aqui surge o problema de seguir ou não a lei judaica como único caminho de salvação. Para discernir qual o melhor caminho a seguir, é convocado aquele que ficou conhecido como o “Concílio de Jerusalém” no ano 49.
   O que se pretende é a unidade da Igreja no seu agir. O decreto final a presenta uma linha conciliadora para não excluir ninguém da proposta de salvação.
   O bom andamento das comunidades exige o bom desempenho de todos os ministérios e serviços.

   II leitura (Ap 21,10-14.33-23): A nova humanidade -  “novos céus e nova terra” (Is 65,17)
   Falar de monte é apontar caminhos de vida nova. No monte Moisés recebeu os 10 mandamentos que entregou ao povo que vivia no vale da morte. A nova Jerusalém é a cidade de Deus. O numero doze se refere às 12 tribos de Israel e aos 12 que seguiram o Mestre. A cidade perfeita é dom de Deus e morada de Deus no meio do povo. O Messias é o cordeiro: a lâmpada que ilumina a cidade.
   O projeto de Deus quer incluir a todos. Em Jesus, Deus montou a sua tenda no meio do povo. Os sinais de libertação e de vida nova são reais: não mais lágrimas de morte (21,4). Aqueles que acreditarem e permanecerem fiéis, resistindo ao projeto de morte, terão uma vida nova.

   Evangelho (Jo 14,23-29): Ser humano, morada de Deus
   O texto deste domingo faz parte do discurso de despedida de Jesus aos seus discípulos. Ao escrever por volta do ano 90 João nos deixa uma reflexão pós-pascal das comunidades joaninas. Há uma clara e estreita relação entre Moisés e Jesus: assim como Moisés foi enviado para guiar o seu povo rumo à terra prometida, Jesus foi enviado pelo Pai para dar vida à humanidade; assim como Deus se manifestou no Êxodo por meio de dez sinais, Jesus realiza sete sinais libertadores. Tudo isto é fruto da experiência de fé da comunidade que faz um caminho libertador. O que Jesus diz e faz é a própria expressão de Deus Pai. Jesus e o Pai são UM Só. Essa intimidade relacional se estende às pessoas que praticam o amor.

   Pistas de reflexão
   O termo “paz”, expressa a síntese dos bens necessários para uma vida plena, tanto temporais como espirituais.
   A utopia dos novos céus e da nova terra foi o que alimentou as primeiras comunidades durante as perseguições.
   Deus continua a escrever a sua história na vida das pessoas e das sociedades.
   Todos temos uma missão a desempenhar no mundo de hoje.
Luis Filipe Dias

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