Ainda vivendo a experiência
do Natal, celebramos neste domingo a Epifania do Senhor, Jesus se manifestando
como luz para o mundo e eis que Ele resplandece trazendo paz e esperança a
todos os povos, cabe a cada um de nós a abertura da nossa vida e do nosso
coração para assim como os Reis Magos, deixarmos nos guiar pela Luz que guia os
nossos caminhos rumo a salvação que se apresenta na forma simples e singela de
uma criança.
Na primeira leitura
(Is 60,1-6.) o profeta Isaías nos diz: “Levanta-te,
acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória
do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os
povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti.
Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora. Levanta os olhos
ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de
longe com tuas filhas, carregadas nos braços. Ao vê-los, ficarás radiante, com
o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar
e mostrarão o poderio de suas nações; será uma inundação de camelos e
dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e
incenso e proclamando a glória do Senhor”.
Com séculos de antecedência
a profecia de Isaías revela as alegrias do nascimento do Salvador, Ele vem
trazer Luz para tirar o mundo das trevas e manifestando em si a glória de Deus.
Isaías revela também que reis seguirão a sua Luz e com grande alegria vão ao
encontro do menino levando consigo presente de sua realeza para proclamar a
glória de Deus.
Escrevendo aos
Efésios (Ef 3,2-3a.5-6.) Paulo também vem nos dizer: “Irmãos: Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para
realizar o seu plano a vosso respeito, e como, por revelação, tive conhecimento
do mistério. Este mistério Deus não o fez conhecer aos homens das gerações
passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos
apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do
mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do
Evangelho”.
Paulo nos mostra
pelo Evangelho de Jesus Cristo todos somos herdeiros da graça de Deus, por
muitos séculos foi anunciado e para aquela geração foi revelado, Jesus o
Salvador misericordioso do mundo, coube a Paulo romper a fronteiras de Israel e
expandir o evangelho pelo mundo inteiro, uma canção nos diz “Ó Pai somos nós o
povo eleito que Cristo veio reunir”, Paulo entendia que a dimensão de povo
eleito é bem diferente do que os judeus acreditava, para ele era preciso
verdadeiramente abrir o coração para Jesus reinar e colocar-se a caminho
seguindo os passos do mestre, foi seguindo os passos de Jesus que ele
glorificou a Deus com a sua vida sendo fiel até no momento do seu martírio.
Em seu evangelho
(Mt 2,1-12.) Mateus narra este lindo momento da vida de Jesus: “Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na
Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a
Jerusalém, perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos
a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo’. Ao saber disso, o rei Herodes
ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os
sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria
nascer. Eles responderam: ‘Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo
profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as
principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de
Israel, o meu povo’. Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber
deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a
Belém, dizendo: ‘Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E,
quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo’. Depois que ouviram
o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante
deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a
estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa,
viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram.
Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra,
seguindo outro caminho”.
Jesus recém-nascido
recebe a visita de magos do oriente que compreenderam os sinais de Deus e partiram
de terras distantes para conhecer e adorar o Salvador, ao chegar em um lugar
simples viram o menino com sua mãe, prostraram-se diante dele e abrindo os seus
cofres ofereceram ouro sinal de realeza, incenso sinal de divindade e mirra sinal
de humanidade, era um reconhecimento dos magos que Jesus é o rei de natureza
divina e humana.
Enquanto magos
partiram de longe para reconhecer a realeza de Jesus, Herodes que estava bem próximo
de Jesus somente preocupou-se em manter o seu poder, avisados em sonho os magos
voltaram por outro caminho para que Herodes não soubesse do paradeiro do
menino. Em nosso mundo atual vemos que muitas vezes o poder econômico busca
eliminar a luz de esperança para o povo, na antiguidade foi Herodes que tentou
aniquilar o Salvador do mundo e hoje seria muitos outros, seja para manter o
poder econômico, o poder político e até mesmo o poder religioso, o menino Jesus
seria perseguido por muitos lados diferentes, poucos reconheceriam nele a
realeza divina e humana.
Que neste domingo possamos verdadeiramente adorar Jesus com nossas vidas, mas para isso devemos nos esvaziar de todo o desejo de poder econômico, político e religioso, de coração puro e livre teremos mais espaço para encher-lhe de amor de Deus e assim como Isaías profetizou, partiremos de todas as partes seguindo a sua Luz para adorá-lo e como Paulo, disseminaremos o seu Evangelho por todo o mundo, seguindo os Magos do oriente iremos oferecer-lhe os mais valioso presentes que estão nos cofres do nossos corações, prostremo-nos e adoremos o Deus menino que se fez pobre para nos ensinar o valor dos verdadeiros tesouros que vem de Deus.
 |
| Rubens Corrêa |
Nenhum comentário:
Postar um comentário